Darkness at the heart of my love
Há tempos não me apaixonava por uma música…Especialmente, nessa loucura moderna de tantos amores líquidos, fugazes e tão facilmente substituíveis.
Mas, então, tive a grata oportunidade de assistir a banda Ghost, ao vivo, em São Paulo. E, felizmente, ouvi esse hino que me tocou a alma como poucas músicas conseguiram fazer. Talvez tenha relação com as minhas próprias sombras ou com esse meu coração que insiste em querer o que — provavelmente — nunca terá.
Acho incrível como um poema, uma pintura, uma música e tantas outras formas de Arte, possuem esse toque encantado de adentrar nossos cantinhos mais íntimos e nos resgatar de lugares que se tornam obscuros e dolorosamente incertos e perigosos, quando não os reconhecemos.
Eu abraço meu lado sombrio e me deixo viajar nos acordes desse som, e nele sigo respirando em direção a um novo pôr do sol nessa minha jornada que, muitas vezes, parece confusa, mas que em verdade, me leva exatamente para onde devo ir.
Graças aos deuses, sempre há uma árvore frondosa que me convida ao descanso depois de mais um dia nesse caminho de Luz. Graças aos deuses, sempre há uma nova aurora me esperando adiante.
Muito obrigada, Ghost! Foi um presente incrível que levarei comigo, sempre!
“Tell me who you want to be
And I will set you free.” (Ghost)